A capacidade de diagnosticar e mensurar a dor, alegada em um exame pericial, constitui um desafio da medicina legal, por se tratar de um dado subjetivo, e que ganha relevância para se afastar a possibilidade de simulação, meta-simulação e dissimulação por parte do paciente que se submete à avaliação pericial.
A simulação tem como sintoma mais referido a dor. Para pesquisar a existência ou não deste fenômeno, utilizam-se os sinais da dor, como os seguintes: sinal de Mankoff, sinal de Imbert, sinal de Müller, sinal de Levi.
O sinal de Mankoff consiste em deixar em repouso o paciente durante alguns minutos, depois de prévia contagem de seu pulso radial. Em seguida, rapidamente comprime-se a região dolorosa alegada e contam-se novamente os batimentos do pulso. Seu aumento faz o diagnóstico de existência da dor referida.
O sinal de Imbert, utilizado para os casos de simulação dolorosa dos membros, consiste em colocar o paciente em repouso e contar suas pulsações radiais, para em seguida, mandá-lo ficar apoiado na perna referida ou segurar um peso com o braço afetado. Quando a dor alegada realmente existir ocorrerá aumento das pulsações.
O sinal de Müller é pesquisado, marcando-se com um compasso a região onde a dor é referida. Em seguida, assinala-se o ponto doloroso e mantendo o indivíduo de olhos vendados, comprime-se com o dedo um ponto que não seja sensível à dor. Dentro do mesmo círculo, passa-se rapidamente a comprimir o ponto doloroso. Quando existe meta-simulação, o examinando não percebe a mudança.
O sinal de Levi é feito pedindo-se ao paciente que mantenha seu olhar a distância e no local referido como doloroso faz-se uma compressão. Quando a dor realmente existe, verificam-se contrações e dilatações pupilares.
Como esse assunto já foi cobrado em prova:
Prova: PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia
Disciplina: Medicina Legal
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